quarta-feira, 29 de abril de 2009

Um "vistaço" pela Europa

Ou "O glamouroso universo fashion X as mazelas dos países sub ou em desenvolvimento".
  • Sabia que as roupas vestidas por europeus vêm, principalmente, de países com mão-de-obra barata?
  • De acordo com o Departamento de Estatísticas da União Europeia, Eurostat, o valor total de roupas importadas em 2007 foi de quase 60 bilhões de euros (R$ 181 bilhões), sendo que 38% das mercadorias vieram da China, 15% da Turquia e 8% de Bangladesh.
  • Na Alemanha, 90% das roupas provêm do exterior.
  • Segundo dados da organização europeia da indústria têxtil e de vestuário Euratex, os consumidores europeus gastam, em média, 700 euros por ano em roupas.

  • Porém, por trás dessa média podem estar escondidas muitas diferenças. Os italianos, por exemplo, chegam a desembolsar 1 mil euros por ano com roupas, enquanto que os poloneses, apenas 100 euros.

  • As fotos deste post revelam algumas curiosidades. A primeira é de um lojista de Milão, Lodovico Barbera (vestir mocassins sem meia é tão italiano, mas ainda me surpreende). A segunda foto também é de um milanês, o Dario, vendedor de uma das lojas de alfaiataria mais chiques da cidade, a Cesare Attolini. O Scott Schumann, fotógrafo do The Sartorialist ficou tão impressionado com a perfeição do look e com comprimento - corretíssimo - das mangas do blazer do Dario, que foi até a loja onde ele trabalha para aprender tudo sobre esse "pequeno detalhe tão importante" da indumentária masculina. Achei o moço muito chique, mesmo. E leva o maior jeitão de bom vendedor.
  • A terceira foto é de um polonês. Se ele gasta somente 100 euros por ano com roupas deveria escrever para a Vogue americana um tratado ensinando como consegue ser elegante com tão pouco!

* os dados eu peguei do Portal Onne. As duas primeiras fotos são do The Sartorialist. A última vem do blog de street style da capital polonesa, o Warsaw Streets. (Tenho que me conter - se deixar, ilustro todos os posts com moda masculina - uma paixão!).

terça-feira, 28 de abril de 2009

Elefante laranja

Anunciada para março, a primeira loja brasileira da Hermès ainda não abriu as portas. Foi o suficiente para que uma onda de boatos sobre a grife se espalhasse – houve quem desse como certo que ela nem ia mais ser inaugurada.

"Há clientes que me param no shopping para saber quando abriremos", diz Richard Barczinski (foto acima), contratado pelo Shopping Cidade Jardim para comandar a operação nacional da grife. Segundo ele, o atraso se deve ao fato de 90% do material utilizado na construção ser importado – exigência da marca. O mármore do balcão, por exemplo, vem de Fátima, em Portugal, mas primeiro passa pela França. Só sai de lá depois que o lote é aprovado por um funcionário da Hermès. "Devemos inaugurar em agosto", promete Barczinski.

  • Ai, ai, ai, vamos por partes... primeiro de tudo, Hermès no Brasil, para sempre terá seu nome vinculado ao ex-presidente Collor - fã declarado das gravatas da marca. Ou seja, já começa mal...
  • Segundo (pausa, close no olhar indignado): - Como é que é? O mármore sai de Portugal, vai à França e só depois enviam para o Brasil? Por acaso a Hermés já ouviu falar na máxima pense global, compre local (think global, buy local - people should buy their good as much as possible from local sources as part of global efforts to stop potentially catastrophic climate change).
  • Se eu trabalhasse como RP da maison Hermès estaria envergonhada...
  • A gente até aprecia a mania da maison Hermès por elefantes, mas... megalomania... tsc, tsc, pega leve, Hermès!

*li no blog Terraço Paulistano, da revista Veja São Paulo. A foto de Richard Barczinski também é de lá. As da campanha Orange Hermès et Rose Indien são do verão 2008 e saíram do meu arquivo. Apesar de tudo, continuo achando uma das imagens de moda mais impressionantes dos últimos anos.

Milão, Paris e Miami liquidam

Por conta da recessão, algumas boutiques de Milão começaram a oferecer descontos na coleção de outono em dezembro (detalhe: a coleção de outono a chega às lojas em setembro/outubro/novembro). Os empresários decidiram promover a redução dos preços um mês antes da temporada oficial de liquidações na cidade.
As autoridades reagiram: a Camera della Moda estabeleceu que a coleção primavera (a seguinte - com produtos recebidos em fevereiro/março/abril) só poderá ser liquidada em julho.
Os lojistas levaram um susto! De acordo com Paola Bottelli do Il Sole 24 Ore (um dos mais influentes jornais econômicos de Milão), várias grifes de luxo italianas estariam planejando o início dos "saldi" dia 25 Abril.
O caixa das empresas, portanto, continuará engessado.
  • E a livre iniciativa, você pode argumentar. Deve ser respeitada, em minha opinião.
  • Mas se existe uma legislação que organiza o comércio, respeitemos a legislação, ué?! Uma das coisas mais complicadas que existem no comércio é lidar com lojistas deseperados que liquidam seus produtos ainda no "meio da estação". Tipo, liquidação de verão nos primeiros dias de janeiro, ou liquidação de inverno em junho, após o dia dos namorados... O assunto é polêmico e, certamente, voltará aqui, mas posso adiantar: meu maior sonho é ter uma espécie de Camera della Moda aqui na cidade...
  • Mais: amigos que andaram pelo "primeiro mundo" na semana passada, relatam sinais da crise, notados no comércio de luxo. Um veio de Paris e conta que em várias lojas de grandes grifes, os vendedores lhe disseram que, caso gostasse de alguma mercadoria e preferisse esperar a liquidação, eles reservariam para ele e avisariam. Reservar o produto pra que ele baixe de preço? Acudam, estão com a corda no pescoço!
  • Um casal que chegou de Miami conta que, lá, as liquidações não foram interrompidas. Continuam desde o Black Friday, ou seja desde o fim de novembro - antes do Natal! As novas coleções, compradas antes do estouro da crise, chegaram às prateleiras já em liquidação...
  • E na Semana de Conferência do Varejo, em Londres, a enquete sobre o prazo para a recuperação econômica acontecer resultou assim: 11% dos comerciantes presentes responderam que será no 2º semestre de 2009; 41%, no 1º semestre de 2010; 41%, no 2º semestre de 2010; 7% disseram que será mais tarde.
  • E para você? O comerciante europeu está pessimista ou é realista?
* os dados númericos são do Portal Onne . A nota sobre Milão, do dbstudio. A foto também é de .

sábado, 25 de abril de 2009

A história das coisas

Hoje vou pedir desculpas por tomar mais do seu precioso tempo que o normal. Este vídeo aí embaixo tem mais de 20 minutos. Mas vale a pena, garanto. Trata-se de Story of Stuff (A história das coisas), de Annie Leonard, especialista em sustentabilidade e em questões ambientais e de saúde. Annie conseguiu mostrar de um jeito simples, direto, o que tem de errado no nosso jeito de produzir e consumir coisas e, consequentemente, na lógica da nossa sociedade. E faz isso deixando claro que o inimigo a ser combatido não é "o capitalismo", nem mesmo "o consumo". É um pensamento até que bastante recente, nascido no pós Segunda Guerra, e que as pessoas aprenderam a acreditar ser a única opção. Não é. Aproveitem o vídeo. E bom final de semana!
  • É um ótimo trabalho, sem dúvida, mas é importante salientar: a perspectiva aí é muito americana e nem tudo se aplica ao Brasil. Em especial, a discussão sobre os Wal-Marts, que é muito diferente aqui e lá.
  • Curiosamente, a Justiça trabalhista daqui é muito mais regulamentada. E não só: entre as nações desenvolvidas, somente os EUA nao possuem saúde publica, sendo todo o sistema monopolizado por 6 grandes seguradoras de saúde.
  • Invariavelmente, quando vejo/leio sobre a cadeia de produção dos produtos, os ensinamentos de meu pai me vem à memória. Como bom comerciante e cidadão consciente (antes mesmo dessa idéia virar moda) sempre achou um desrespeito pelo fabricante, pelas mãos invisíveis que extraem e transformam a matéria prima nos produtos que consumimos - e que, no caso particular de roupas e sapatos, com muitas etapas manuais - vender qualquer produto por menos do que ele vale. Chego a ouvi-lo:"Já pensou se um desses trabalhadores passa em frente à nossa vitrine e vê o trabalho de sua vida, o que o faz viver e ter orgulho por existir, jogado em um balaio, junto de outras coisas que ninguém mais dá valor?"
* dica do blog Sustentável é pouco, do jornalista da revista Veja, Denis Russo Bugierman.

quinta-feira, 23 de abril de 2009

Frase

"Os consumidores têm muito mais poder do que aquele que julgam ter. Um poder mais forte do que armas e canhões. Têm o poder nos bolsos". Bono, vocalista do U2, em entrevista à revista Elle, sobre a label RED, que comercializa produtos criados pela Gap, Motorola, Converse All Star, Apple, American Express, Armani e Starbucks - todas com renda revertida para o combate da AIDS, na África (Elle, Portugal, março 2009).
  • A foto mostra a lojinha do Templo Budista Chagdud Gonpa Khadro Ling, em Três Coroas, RS, que visitei em janeiro deste ano, após a Feninver (Feira de confecção e acessórios, para lojistas), em Gramado.
  • Adorei ver um comércio neste local - um templo de meditação e oração, longe de tudo e verdadeiramente perto do céu. Nenhuma conotação com os "vendilhões do templo" expulsos por Jesus. Ao contrário. Ou exatamente como afirma Bono: o poder transformador do consumo é muito grande para ser subjugado.
  • Para compras online, o Templo disponibiliza uma loja virtual, também.

* para saber o que eu comprei na loja budista, dá uma passadinha aqui.

terça-feira, 21 de abril de 2009

O dinheiro negro da Diesel

A Black Friday (sexta-feira negra) acontece tradicionalmente nas sexta-feiras seguintes ao Dia de Ação de Graças (Thanksgiving, feriado religioso comemorado na quarta quinta-feira de novembro, notadamente nos EUA e Candá) e é o dia em que os preços do varejo americano despencam.

Mas nada impede que o varejo faça sua própria Black Friday, completamente fora da data. Sexta passada, 17/04, a Diesel fez uma promo-relâmpago com esse tema e em clima de bom humor nos mostra como fazer uma bem humorada ação de guerrilha.

Foram distribuídas nas ruas "notas falsas" de dinheiro que valiam 30% de desconto em qualquer compra naquele dia. Também foram "deixados" montes de notas em lugares estratégicos - os consumidores, nesse caso, passam a fazer a propaganda da marca pra ela, funcionando como uma equipe de promotores muito mais eficiente. E o melhor: no meio dessa dinheirama falsa, podiam ser encontradas notas douradas (golden notes), que valiam 99% de desconto em compras (com um valor mínimo estipulado) no dia.

No vídeo, a ação na Itália, onde dois atores cômicos- com direito a megafone, casaca e cartola, oferecem o "dinheiro negro" em praça pública.

E abaixo, outro ator, na praça San Babila, em Milão, senta-se atrás de uma escrivaninha com uma pasta cheia de notas de descontos, com um cartaz onde se lê "Sim, concedo empréstimo".

  • Mais, no site da Diesel era possível imprimir sua própria nota e correr para a Diesel mais próxima com seus 30% de desconto garantidos. Bacana, não?! Quer dizer, MUITO bacana.
  • E o texto que explica o vídeo no youtube já vale como peça publicitária: "Desesperado com a idéia de perder teu ponto de referência, ou na pior das hipóteses, todas as tuas economias? Não te preocupes: a Diesel é a resposta para superar teu humor negro." Uma irônica alternativa para sobreviver à crise - distribuir notas de dinhero ilegais mas que, de certa forma, têm algum valor monetário.

* li no update or die

segunda-feira, 20 de abril de 2009

"Mantenham a calma e... continuem comprando!"

A General Growth, segunda maior proprietária de shoppings centers nos EUA decretou bancarrota na semana passada (16/04) ao informar que sua dívida de 27 bilhões de dólares é impossível de pagar.

Adam Metz, CEO, declarou que após meses tentando liquidar os débitos, o colapso do mercado de crédito tornou impossível a continuidade das operações da empresa. A General Growth cresceu justamente com a bolha imobiliária, através de uma estratégia agressiva de aquisições. No dia do anúncio de falência as ações da empresa despencaram de US$ 52.38 dólares para US$ 0.50. O chamado "virou pó".

A empresa, baseada em Chicago, é dona de nada mais, nada menos que 200 shoppings, dos quais 158 também devem decretar falência.

  • Falência de shopping, nos EUA, significa a falência da compra, a falência do consumo. E isso é mais significativo para o "fim" do capitalismo do que a falência de um banco.

 

     

  • Não sei vocês, mas quando leio notícias como esta me dá uma vontade de dar um pulinho ali na padaria, tomar um bom café, respirar um pouquinho... e voltar pra loja lá por 2015!

 

* li no updtade or die

domingo, 19 de abril de 2009

Descartes atualizado

Não tenho o hábito de divulgar o blog (a autocrítica controla minha vida!), mas ontem, na loja, não resisti e citei o título com um amigo de meu pai. - Ah, Consumo, logo Existo, feito Hamlet...
Nããããão, meu senhor. A fala do personagem Hamlet, da peça homonônima, escrita por Shakespeare no século XII, "Ser ou não ser? Eis a questão!" é icônica, mas não vem daí o título do blog.
Foi Descartes, quem cunhou o aforismo Cogito, ergo sum (Penso , logo existo). Eu só o atualizei.
  • Afinal, pensar pra quê, se o pensamento já não confere status. Cogito mais é no que vou comprar. Ergo o cartão de crédito. Sumo-me da vida pensante. Consumo, consumo, consumo...
  • Para ler um texto com mais consistência sobre o tema, sugiro este aqui.

*Olhando com atenção teu retrato, René Descartes, digo-te, com a intimidade que só temos com os que já morreram: -Com esse nariz, amigo, nem precisavas de pensamento para ocupar um lugar na existência...

Enquanto isso, em Baln. Camboriú...

No Dia do Índio, uma pausa para reflexão.
  • Se dinheiro não tem cor, raça, idade, opção sexual, etnia e religião, o que o comércio, comerciantes e governo têm feito para, realmente, ampliar a "carteira de clientes"?
  • Ao comércio só resta aliar-se às novas tecnologias para adentrar com propriedade ao séc. 21?

* flagrante da Av. Brasil, em novembro de 2008. Loja ZeeTech Computadores. Foto Ray.

sábado, 18 de abril de 2009

O vendedor-Vendedor

"O vendedor-Vendedor é pulsante, faz-se notar mesmo quando não está presente; é desequilibrado (não mentalmente) por natureza. É impulsivo, intuitivo e tem a percepção natural dos melhores caçadores. Vendedor quando acorda não bebe leite, bebe guaraná em pó. Vendedor não se veste para sair de casa, se decora. Carro de vendedor é igual bolsa de mulher, tem de tudo e você não acha nada, mas ela - a mulher e o vendedor - sempre acham. Vendedor não tem clientes, tem fãs. Vendedor não tem amigos, tem cabos eleitorais. Enfim, vendedor é assim, Vendedor. E tem mais: tem orgulho de dizer que é vendedor."
  • Desculpem, mas não sei quem é o autor destas frases que achei em meus passeios insones pela web. Mas considero o textinho um primor (e vocês?). Não, eu não concordo com tudo o que afirma, mas devo admitir que funciona e nisso reside sua graça... não consigo deixar de sorrir enquanto o leio ou penso nele!
  • E dá para aproveitar muitas dicas daqui, também. Minha predileta é a "vendedor não se veste, decora-se". Mas não dá para desperdiçar esta: quando a equipe estiver destimulada, vá de guaraná em pó, refresco feito com xarope de guaraná natural da amazônia ou, o meu predileto, uma boa dose de café preto. - ou chá verde, que também funciona. E não esqueça de oferecer aos seus clientes - os mais desanimadinhos, é claro!

* a ilustração é de cartaz de uma montagem da peça "A morte do caixeiro viajante" (The death of a salesman), de Arthur Miller, vencedor do Pulitzer por este trabalho - e eleito pelo The New York Times como um "dos mais sofisticados dramas na extensa lista do teatro Americano. Um clássico que examina nossa nacional obsessão por fortuna e sucesso".

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Acrílico curvo

Todo o mundo perplexo com a crise mundial que começou nos Estados Unidos, mas não páro de ler notícias sobre marcas que escolheram a cidade de Nova York para abrir suas novas lojas. A bola da vez é Derek Lam que marcou o dia 6 de maio para inaugurar sua flagship no coração do Soho, bairro modernex da cidade.
E o projeto é a cara do bairro: uma loja inteiramente branca e transparente criada pelo renomado escritório de arquitetura japonês Sanaa. Os designers usaram e abusaram de paredes de acrílico para dividir os vários ambientes e expor a coleção de Derek.
O blog está de olho: tão logo consiga mais fotos da loja coloco aqui. Adoro loja bonita!
* vi no Portal One

sábado, 11 de abril de 2009

"These shoes are made for nhoc'in"

E já que o tema Páscoa parece não ter fim, trago estas fotos lá do fuuundo do desktop. Afinal, se somos tantas que amam sapatos e não vivem sem chocolate, não são perfeitos estes sapatos feitos de chocolate?

E tem também para os meninos e para as criancinhas, olha só:

  • A primeira foto é da Gayle's Chocolates (entra lá, tem chocolate para todo tipo de público e datas, em caixas de presentes que são um delírio). As outras eu recortei sem me preocupar com a fonte, sorry.
  • É bem como já escreveu a cartunista americana Cathy Guisewite na capa de uma de suas coletâneas de quadrinhos (de 2000): "Sapatos: feito chocolate para os pés".

  • O título deste post, algo como "estes sapatos são feitos para comer" - foi inspirado no título da música de Nancy Sinatra, de 1966: These boots are made for walkin' (estas botas foram feitas para andar - em alusão à ideia de caminhar com seus próprios pés).
  • O vídeo está cheio de tendencinhas boas de observar: as meias finas transparentes (que estão voltando, para meu completo terror!); os pulls coloridos e em decote V; os cabelos com volume no alto; as ankle boots... Enfim, um clássico da moda sessentista. A musiquinha é grudenta feito chiclete no cabelo, mas vale o clique: dá vontade de dançar junto com elas!
  • Nancy Sinatra não foi esposa de Frank Sinatra, mas sua filha. E esta música foi seu hit de toda a carreira, um hino feminista - a letra foi considerada libertária para a época. Achei o máximo isso! Não é tão bom mesmo caminhar com nossos próprios pés?

Enquanto isso, em Baln. Camboriú...

... Páscoa é tempo de coelhinhas!

(e viva o fim da quaresma!)

* foto feita no calçadão, sexta, 10/04, à noite - Loja Bikini e Cia.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Fashion e açucarados

Amanhã é domingo de Páscoa e foi em uma dessas coincidências maravilhosas que, nas meus passeios pela web desta semana, fiz uma descoberta sob medida para esta época: biscoitos fashionistas.

Que fofuras... A Eleni’s, de Nova York, faz bolachas com cobertura de açúcar (tipo pasta americana) com tudo o que uma loja tem pra vender - e que a mulherada adora comprar: sapatos de salto, bolsas, batons, vestidinhos, biquíni… Tudo super colorido e rico em detalhes - pra encher os olhos das clientas e fazê-las gemer de aprovação com o seu bom gosto.

Só o preço não é muito doce. Uma caixa com 16 unidades sai por US$ 75!

O que também pode ser um empecilho para experimentar, no velho mundo, as guloseimas fashionistas do hotel The Berkeley, de Londres.

Lá eles têm o Prêt-a-Portea (acho uma chiqueria este nome) um chá das cinco com docinhos e biscoitos inspirados nas mais recentes criações de nomes como Marc Jacobs, Zac Posen, Alexander McQueen, Prada e Valentino. O menu traz coisas como: chapéu Christian Dior feito com um duo de maçãs e mousse pink e quentede cassis. Ou biscoitos-sapatos Christian Louboutin com creme de pigalle verdes e solas vermelhas... Ou seja, um delicioso programa para entreter madames loucas por moda, por somente 34 libras (R$ 126) por pessoa. Se quiser incluir uma taça de champagne Laurent Perrier no menu, a taxa sobe um pouquinho. Vai para 42 libras.

  • Agora, imagine: um happy hour na sua loja, umas duas semanas antes do dia das mães, regado a um bom chá e biscoitos desse tipo, ãhn? É coisa pra sair em coluna social!
  • E diz que o chef confeiteiro do hotel londrino vai pessoalmente aos desfiles para buscar inspiração na criação das delícias. Parece o cúmulo da frescura? Não acho, não. Em época de recessão brava, quem não daria - com todo prazer -uma bela mordida em uma bolsa Louis Vuitton e devoraria sem culpas uma daquelas jaquetas de couro Balmain- com ombreira bem pontuda - que vi outro dia na Victoria Beckham?
  • Gostou da idéia e pensou em oferecer os biscoitos como um mimo, tipo um brinde para suas clientes, dá uma olhadinha nesta outra sugestão que mostrei aqui no blog. Dá bem para casar as duas idéias e fazer um presente bem especial. Afinal, lojas especiais sabem exatamente como encantar seus clientes
  • Minha dica: confeitarias da região, vocês estão deixando de ganhar dinheiro! Se você que me lê, conhece um/a confeiteiro/a talentoso e empreendedor/a, solicite uma adptação destas idéias. Certeza que vai vender muito. Não precisa nem me agradecer, basta me informar o telefone e o endereço, ok?!
  • * as fotos e as informções, vi primeiro no Descolex.

    terça-feira, 7 de abril de 2009

    Pipoca na Páscoa

    Aqui em casa não se fala noutra coisa. E nas lojas, os vendedores estão já cheios de planos (os rapazes, claro, que são a maioria no meu caso). É que neste final de semana acontece a estréia - internacional! - do filme mais esperado da garotada: "Dragonball Evolution".



    Não é só deste filme que quero tratar aqui, mas se o seu mercado inclui meninos e jovens rapazes, é bom ficar ligado. Como normalmente acontece, estes filmes são lançados junto a uma avalanche de produtos com o tema, de chinelinhos a suquinhos, passando pelas camisetas, meias, cuecas e pijamas - todos vão querer ter uma peça dessas.
    Agora, se o seu público consumidor é formado na sua maioria por mulheres - e qual não é? Comprovadamente, é o gênero feminino o que mais consome e detêm o poder de decisão nas compras - não dá para perder outro filme que estréia neste feriadão concorrido para os cinemas: "Os delírios de consumo de Becky Bloom".


    Inspirado no livro "Confessions of a Shopaholic" (confissões de uma viciada em compras), da britânica Sophie Kinsella - baseado em fatos reais - o filme é uma comédia muito redondinha, estrelada pela atriz Isla Fischer (de "Encantada") com figurino de Patricia Field ( a mesma de Sex and the City e o Diabo veste Prada) e produzida pela Disney (não falei que era redondinha?!).


    A Becky do título é uma compradora compulsiva, atolada em dívidas e completamente desesperada para consumir. Para resgatar seu cartão de crédito e um pouco de dignidade em sua vida, resolve escrever sobre economia e finanças em uma revista de negócios. Já dá para imaginar a bagunça que veremos nas telas. Além disso, as cenas revelam muitas vitrines e interiores de lojas, clientes brigando por roupas em liquidações, vendedoras, caixas de lojas (daquelas que mostram um sorrisinho cínico quando informam a cliente que a compra foi recusada) e imensas referências a grifes como Hermès, Gucci, Chanel, Prada. Se não bastasse, ainda temos todo o figurino de Becky, que desfila pelo filme a bordo de criações de Dolce&Gabbana, Zac Posen, Gucci, Vicky Tiel, Givenchy, Cavalli, Versace, Gap, Pucci, Christian Dior, Lanvin, Miu Miu, Todd Oldham, Balenciaga, Marc Jacobs, Louis Vuitton, Alexander McQueen, Vivienne Westwood e Prada (ufa!). O tipo de filme que eu acho imperdível!



    • O trailer acima já faz rir. Vale a pena o clique. Adoro especialmente a fala inicial: "Sabe quando você está andando na rua e vê um bonitão que te sorri do nada? E seu coração meio que derrete como mateiga em pão quente? Pois é assim que eu me sinto quando vejo uma loja..."
    • Esse é um daqueles filmes raros onde o cinema supera a literatura. Portanto, minha dica é: não leia o livro, veja o filme!
    • Em tempo: "Dragonball Evolution" estreia dia 9/4. Já "Os delírios de consumo de Becky Bloom" está marcado para 10/4. Vamos?

    "A balança é aqui ou pesa no caixa?"

    Para quem achou que exagerei na figura de linguagem, citando um carrinho de compras, no início do post sobre as mulheres frutas, coloco aqui algumas fotos da atriz Carolina Dieckmann, em tarde de compras pela Daslu:

    • Não é bem lindo esse carrinho de supermercado em vime (do tipo artificial, mas ainda lindo) e com capinha de algodão listrado, para proteger as valiosas compras das clientes? Vejam que, na foto acima, é Donata Meirelles, herself, que auxilia a atriz nas compras. Atendimento vip é tudo em uma loja - qualquer tipo. E cliente adora ser atendido pelo dono - anota aí!

    • E como faz tempo que não comento tendências de moda, presta atenção: O rosa vai invadir o verão! Em todos os tons, do pink indiano, passando pelo chique rosê, até os tons mais chiclete e rosa bebê. E no make também. A mulherada vai se descabelar atrás do batom e do esmalte "rosa-perfeito-bem-no-tom-da-minha-roupa-e-igual-da-revista". Pode escrever.
    • E na foto, mais tendências para anotar:cordão de pérolas (que pra mim, que sou devota fervorosa de Mlle. Chanel, sempre é, não tem essa de "voltou"); bolsa em tamanho "médio" e formato clássico - sem invencionices, porque a recessão tá aí e madame tem medo de arriscar seu rico dinheirinho no que não é "certo" (afinal, já perdeu tanto nas aplicações financeiras...). E a mistura do ultra-feminino - girlie - (do rosa, dos poás e dos babados) com o cinto pesado - de espírito roqueiro ou rocker - com tachas e ferragens grandes.

    * reparou que comecei, informalmente e não na ordem alfabética, um dicionário de termos fashion. Vou começar a anotar na listinha aqui de baixo, junto com os marcadores de postagem. Quando eu conseguir instalar um mecanismo de pesquisa, pode vir a se tornar uma ferramenta de aprendizado.

    * fotos da Revista Isto É Gente.

    quinta-feira, 2 de abril de 2009

    Humor

    • Sinceridade no comércio costuma ser tão raro que merece ser registrado.

    * fotos que recebi por e-mail, de fonte desconhecida.