domingo, 19 de julho de 2009

De volta

Primeiro foi todo o arquivo de imagens que sumiu. Fotos de família, material de pesquisa do blog, imagens para meus cursos de treinamento em vendas, curiosidades amealhadas há quatro anos - foi tudo parar no buraco negro dos bits e bytes.

Depois foi a minha assessora para assuntos de primeira necessidade que me abandonou. Juntaram-se a isso mais um zil de coisas que costumam andar aos pares. Confesso: tive vontade de arrumar as malas e viajar para o mesmo lugar para onde foram todas as imagens do meu desktop...

É que a vida imita o varejo: tem dias que tudo acontece à perfeição, o movimento é incrível, gente entrando e saindo o tempo todo, assim como a satisfação, os lucros e o ânimo dos vendedores. Mas também tem aqueles períodos em que a loja, mesmo aberta, fica deserta, não aparece ninguém, nem para perguntar onde fica a padaria. O tempo fecha, ameaça relampejar e o vento frio que começa a soprar bagunça até as idéias...

Então faz assim: faz de conta que você está de férias pelo interior da Espanha (ou Uruguay, México, Itália, Argentina) e esqueceu completamente que o comércio fecha para a "siesta" - mas, "suerte", o tempo correu a seu favor e já já vai abrir!

É isso: a partir de amanhã, reabro a lojinha - cheia de esperança e torcendo pros clientes aparecerem. Obrigada pelas visitas!

  • É como minha mãe disse outro dia: "- Desânimo é um termo que eu desconheço... Pelo que ouvi falar, a concorrência comprou todos os dicionários onde ele está... "

* fotos do flickr

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Tênis da Nike pode virar personagem de desenho animado

Sigg Jones é o nome de um curta animado feito sem grandes pretensoões por três estudantes franceses, mas com resultado tão bom que tem chances de se tornar um filme de longa duração. A paixão dos estudantes pelos sneakers (tênis com apelo vintage) foi transferida para os pés das personagens 3D: um lutador, Sigg Jones e seu agente. O tênis Nike encantado surgiu a partir dos gostos pessoais dos estudantes, que misturaram o formato do modelo Dunk com a sola e as tiras de velcro do Air Trainer, os cadarços do Jordan e o sinal “+” para simbolizar a parte positiva de Sigg. Batizado de "Magic Dunk", o tênis do agente ganha superpoderes para livrá-lo da fúria do lutador, após a ingestão de um energético "turbinado".
Apesar do jeitão de "merchan" os jovens franceses esclarecem que não se trata de propaganda. Fizeram questão até mesmo de compor o figurino com outras marcas que admiram: tênis Puma, bermuda Adidas e luvas Reebok compõem o look de Sigg Jones, enquanto o agente veste um blazer Paul Smith e o tênis Nike. Segundo Astro, um dos criadores, o foco exagerado nos calçados das personagens é uma forma de criticar a importância desnecessária que se dá às labels e que a obsessão pelos acessórios pode transformar-se, facilmente em fanatismo. O filme é ainda repleto de referências às cenas de combate do filme Matrix e a movimentos de jogos.

Os meninos aqui de casa ficaram "ligadões"!

* vi tudo no Portal Use Fashion

quarta-feira, 1 de julho de 2009

E quando o chulé invade a loja?

Pffff... está sentindo um cheirinho desagradável no ar? Bem no meio da loja, aquele par de tênis que o seu cliente acabou de tirar (pela primeira vez, após 90 dias de uso ininterrupto), é o culpado.
E agora? Como fazer com que as pessoas se dêem conta do tanto de nojeira que "mora" dentro de cada pé de tênis? Na Alemanha, lojistas que vendem calçados, tênis e material esportivo receberam do laboratório Novartis, fabricante do Lamisil, grandes caixas de acrílico expondo pares de tênis totalmente cobertos por fungos (de mentira) com uma mensagem de quarentena. A intenção era chocar as pessoas e passar a mensagem de que usando o creme da Novartis, a propagação de fungos é interrompida.

Lamisil é um produto indicado para o tratamento de doenças nos pés causadas por fungos (como frieiras, "pé-de-atleta" e o famigerado chulé, que tem o nome científico de bromidrose plantar). O material de PDV (ponto de venda) foi criado pela agência Saatchi & Saatchi da Alemanha.
  • Achei muito criativo, simpático, chamativo e... nojento! Torço para que dê resultados. Afinal, a dieta alemã de carne de porco, batatas e chucrute deve produzir um chulé... do Cão!
  • Além do material de PDV, foi desenvolvido um material impresso que "conversa" mesmo com o público alvo da campanha: jovens e adolescentes.

Eeeeeeecaaaaaa!

  • Sempre que algum cliente me pede dicas para eliminar o chulé, sugiro escalda-pés com vinagre (acido acético é um dos melhores fungicidas naturais que existem). E é um produto barato e acessível. Um litro de vinagre de álcool custa menos que R$1 e dá para muitas aplicações (a medida é um terço de vinagre e o restante de água morna, por pelo menos 15 min. Depois é só secar bem, especialmente entre os dedos e nas reentrâncias das unhas).
  • Aliás, manter os pés sequinhos é a grande sacada: aproveite para oferecer meias com grande porcentagem de algodão e um pouco mais grossas (que é para absorver bem o suor dos pés). Os bons fabricantes de meias sempre tem em suas coleções modelos assim (especiais para corridas de longa distância ou trekking).
  • E tem também as meias com propriedades antibactericidas e antifuncidas, feitas com microfibras que "transportam" a umidade do pé para fora. Tudo para exterminar com o maldito chulé carambolé...
  • Tem coisa mais indesejável que mau cheiro, hein?!

* vi no Update or Die. Para saber mais sobre o assunto e oferecer outras dicas para seus clientes, essa matéria do Jornal Zero Hora está supimpa: clara, resumida e completa.

Você viu? Glória Kalil no Roda Viva, da TV Cultura

Gloria Kalil foi a entrevistada da semana (29/06) no tradicional Roda Viva, da TV Cultura. Sob o comando do jornalista Heródoto Barbeiro, a sabatina foi tocada pela economista Lidia Goldenstein, a pesquisadora de moda Cristiane Mesquita, o escritor Paulo Lins e Eliane Trindade, editora da Revista da Folha.

Durante 1h30, Gloria esclareceu dúvidas sobre os mais diversos assuntos. Falou de tudo: dos paletós do Congresso Nacional e Michelle Obama à questão de publicidade da roupa infantil, passando pelas duas semanas de moda brasileiras. Paulo Lins, autor do livro Cidade de Deus foi o mais provocador. Perguntou sobre as cotas de negros, a mania da chapinha e as diferenças no guarda-roupa entre as cidades. Mas o ponto alto do Roda Viva foi a aula sobre mercado interno da moda: "Tem que vender com bom preço ou a indústria brasileira não vai crescer," disse Gloria em um dos momentos.

Em outro, respondendo a uma pergunta da Eliane sobre o alto preço dos estilistas do país, polemizou: "Moda de grife não é nada, são poucas marcas que têm um investimento tremendo. Grife é cara mesmo. O que falta aqui, e que é bom nos outros países, é a moda para a classe média, que ficou prejudicada. Não existe essa faixa de preço no Brasil".

Corre para assistir no site do Roda Viva os melhores momentos, ouvir o programa na íntegra e conferir as excelentes charges do Paulo Caruso. Imperdível!
  • Atenção para o momento em que Gloria "alfineta" os empresários de moda, em resposta à discussão iniciada por Lidia Goldenstein: "Os políticos não se interessam pelo setor, afinal os empresários só choram por causa do imposto. Tem que se juntar, fazer um plano e deixar claro suas reivindicações".

Chic!