quarta-feira, 10 de junho de 2009

Luxo em crise

Não são boas as notícias para o chamado "mercado de luxo". Segundo experts do setor, as vendas de todo o mundo desses produtos, voltados à classe AA, provavelmente voltarão a cair em 2010, retomando o crescimento apenas em 2011.

"A pior coisa que pode acontecer é termos mais um ano de crescimento negativo em 2010... Mas vejo que as coisas deverão melhorar até 2011", disse Huang Scilla Sol, que gere um capital de US$ 30 milhões do fundo de luxo da holding Julius Baer.

Falando à agência Reuters, a Global Luxury Summit, de Londres, prevê queda de venda de 5 a 10% neste mercado para este ano. Mas ressalta que esse tipo de produto ainda não teve sua morte decretada com a crise financeira mundial. "Eu não acho que o luxo está morto, porque acredito que a natureza humana sempre será atraída por esse tipo de objeto de consumo, ou seja, as marcas de luxo. A questão é saber quando voltaremos aos surpreendentes níveis de 2007", disse o representante da Global Luxury Summit, referindo-se aos tempos das "vacas gordas", quando esse mercado cresceu até 17 vezes.

  • Lembrando que o comércio de luxo no país estava em franco crescimento - com aumento de 25% anual, nos últimos seis anos.
  • Em 2008, só na cidade de São Paulo, o faturamento deste mercado foi US$ 2,3 bilhões.
  • Não é à toa que a cidade - sozinha! - represente 72% de todo o mercado de luxo no país.
  • De acordo com pesquisa realizada pela MCF Consultoria, quase a totalidade (91%) do público consumidor de luxo no Brasil possui nível superior completo; 58% são mulheres; com idade entre 26 e 35 anos (40%); casadas (48%) e sem filhos (66%).
  • Do universo de produtos relacionados ao luxo (de canetas, jóias, carros, lanchas à bebidas), cerca de 70% tem a moda como o principal foco de consumo.

* dica do Cesar Giobbi. A primeira foto é um mix de imagens da Daslu, do Shopping Cidade Jardim, em São Paulo. A segunda é de interior da loja Elie Tahari, nos Hamptons, EUA

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