segunda-feira, 18 de maio de 2009

Enquanto isso, em Baln. Camboriú... Momento vergonha alheia II

Tanto já se escreveu sobre este que é um dos mais infelizes ranços da colonização brasileira - a mania de usarmos expressões de línguas estrangeiras, notadamente o inglês, para parecermos mais "cultos" e globalizados - que não sobra muito para comentar. Só que é justamente em placas e vitrines comerciais onde mais se vê palavras como SALE (sempre muito grande), ou o afamado OFF, ao lado da porcentagem que se pretende descontar, só para citar alguns dos exemplos mais comuns.

Aqui em Balneário Camboriú, recentemente fomos invadidos pela onda de restaurantes que vendem finos hamburgueres [à época do meu estágio universitário, meu supervisor, o jornalista Creso Luiz de Moraes, já avisava: "o plural de hamburguer é hamburguesas, Luciene"; mas a grafia hamburgueres, errada ou não, ao que parece, vingou, feitos por chefs de cozinha conceituados, que servem suas iguarias em espaços sofisticados e de alto valor de aluguel, à beira mar.

Sei que o prato é de origem anglo-saxônica, assim como todos os sandwichs, mas nada justifica esse letreiro em letras colossais, dourado faiscante. Tem que ver: iluminado pelo sol, assim, bem em frente ao mar (este sim, todo magnifíco na sua esplendorosa imensidão), o letreiro soa mais que ridículo em toda sua "modéstia". Assim, acabo por preferir esta inscrição de parede (cerca de 500 metros de onde trabalho), que anuncia os seviços de uma empresa de sonorização de eventos:

  • Afinal, a palavra [word] suporta "flexibilizações". O mundo [world] já não mais...
  • E modéstia por modéstia, a que se ouve [sond] é melhor, concordam? Tipo, entra por um ouvido...

* Quer ver as outras placas deste tipo que já publiquei? Não são de Baln. Camboriú, mas valem o clique. Aqui e aqui.

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